Depois de vários anos de tentativas de construção de uma nova igreja, a possibilidade de construção desta Igreja beneficiou de um conjunto de fatores. A entrada, em finais de 1988, de um novo pároco motivou a população local que tinha, na altura, um pequeno espaço de culto, insuficiente para responder às necessidades da paróquia.

Este entusiasmo aliou-se ao contexto favorável que a economia portuguesa vivia então, depois da entrada na Comunidade Económica Portuguesa. Começou em Portugal um período de reformas profundas e de investimento em infraestruturas que levaram a um crescimento económico acelerado e motivaram ainda mais a construção desta nova igreja, mais ampla e próxima da população e adequada às reformas entretanto verificadas na liturgia.

Fruto da vontade do novo pároco, em perfeita harmonia com o bispo da diocese, o convite para a construção da nova igreja foi feito a Álvaro Siza Vieira, reputado arquiteto português com reconhecimento internacional, numa escolha que convenceu e motivou a população.

Pelo seu caráter emblemático para a arquitetura portuguesa e por ser um projeto marcante da obra de um arquiteto de exceção, a Igreja de Santa Maria e o Complexo Paroquial foram classificados pelo Governo como “Monumento de Interesse Público”.

A Igreja de Santa Maria traduz um dos temas arquitetónicos favoritos de Siza Vieira. Com um grande volume, a igreja caracteriza-se pelas suas superfícies lisas, brancas e luminosas e destaca-se perante as construções vizinhas. Divide-se em dois níveis: um superior, da assembleia, e um inferior, da capela mortuária.